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Metaverso: a integração das principais tecnologias do nosso tempo

Tempo de leitura: 5 minutos

O nosso CTO, Miguel Fernandes, reuniu neste artigo as mais diversas definições para o tema que ainda promete causar muita polêmica em 2022: o Metaverso! 

Por Miguel Fernandes – CTO e Co-fundador da Witseed

Um dos temas que mais me despertou interesse em 2021 foi o Metaverso e eu já escrevi sobre isso no artigo Web Summit 2021: novas tecnologias criam novos desafios, que saiu aqui no blog. Minha expectativa, para 2022, é que o Metaverso ganhe ainda mais importância.

Sempre gostei muito de jogos eletrônicos e esses jogos de repente estão entrando no mundo dos negócios como coisa séria. Não é à toa que a geração que mais jogou videogames na história da humanidade esteja  protagonizando  a   criação   do Metaverso (até   porque   não   existia   vídeo   game   antes   dela). 

Apesar de beber no “tradicional” conceito de metaverso, esse novo Metaverso é novo sim. Os primeiros metaversos foram criados num período pré-bitcoin, nos primórdios das redes sociais.   Justamente   por   isso,   não   poderiam   levar   em   conta   as   possibilidades   (e   os problemas) trazidos com a evolução dessas novas tecnologias. Que já não são tão novas assim.

O facebook é de 2004. O bitcoin é de 2009. De um ponto de vista técnico, encaro o Metaverso   como   a   integração   das   tecnologias   que   mais   evoluíram   nos   últimos   anos aplicadas no mundo dos negócios. Algumas já vinham sendo largamente desenvolvidas no mundo dos games, por exemplo. Outras amadureceram meio que adormecidas alguns  anos no âmbito científico-teórico. Parece que agora começou a deslanchar. As grandes empresas, os grandes investidores, os governos, todo mundo passou a olhar isso. 

Definindo o Metaverso

Segundo a Investipedia, um metaverso é uma realidade digital que combina aspectos de mídia social, jogos online, realidade aumentada (AR), realidade virtual (VR) e criptomoedas para permitir que os usuários interajam virtualmente.

Já a Wikipedia diz que um metaverso é um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. 

O Meta-ex-Facebook define o metaverso como um conjunto de espaços virtuais onde você pode criar e explorar com outras pessoas que não estão no mesmo espaço físico que você.

Eu? Tecnicamente, eu diria que um metaverso é um tipo de software que simula um jogo, mas é real. Isso é estranho, porque estou acostumado com o jogo querendo simular a realidade. O metaverso é a tentativa da realidade de simular o jogo.

O que os Metaversos têm em comum?

Repare que não é possível definir objetivamente o que é o Metaverso, se é que existe um. Talvez faça mais sentido falar em Metaversos, em que cada um é tão diferente entre si como são dois sites na internet. Ou dois apps no seu celular.

Estou argumentando que é um conceito mais amplo,   em   formação,   ainda   incerto,   mas   que   está   na   integração   entre   as   principais tecnologias digitais do nosso tempo:

1- Internet

2- Redes sociais

3- Inteligência artificial

4- Realidade virtual

5- Realidade aumentada

6- Criptomoedas

7-Blockchain

8-Contratos inteligentes (NFTs)

Quando o CEO de uma grande empresa ou founder unicórnio fala sobre Metaverso, ele está falando dessa intersecção. É algo muito maior do que controlar avatares em um mundo virtual. Portanto, para   entender   o   Metaverso,   você   precisa   conhecer   as   possibilidades   dessas tecnologias combinadas, e também os seus limites (técnicos e éticos).

O que não é o Metaverso

Elon Musk, uma das pessoas mais ricas do mundo, com uma fortuna de US$   315  bilhões,   fundador   do  Paypal,  dono   da  Tesla  (fábrica  de   carros  inteligentes), SpaceX (foguete sespaciais), Neuralink (chips cerebrais), OpenAI (inteligência artificial), SolarCity (energia solar), entre outras, disse isso recentemente sobre o Metaverso numa entrevista. 

Ele sabe muito bem que Metaverso é muito mais do que um óculos. O óculos é só uma possível interface para acessarmos (e sermos monitorados). Assim como são as telas, os smartphones, os relógios, os carros e etc., o óculos é só mais um dispositivo para ser integrado aos demais. “A longo prazo, um Neuralink sofisticado poderia colocá-lo realmente dentro de uma realidade virtual”, ele completa.

Essa é a aposta do “tio Elon”: implantar chips nos nossos cérebros, nos mandar para o espaço e nos deixar todos conectados vivendo dentro de uma realidade virtualmente real. Tudo feito com smart contracts, pago em criptomoedas, e controlado por algoritmos complexos de inteligência artificial. Inclusive ele já tem uma empresa para cada linha de produto que vamos comprar ao nascer.

Além de mudar o próprio nome para Meta, a empresa dona das maiores redes sociais do ocidente, comprou a startup de realidade virtual Oculus e já está trabalhando para integrar os contratos inteligentes (NFTs) no Instagram. Isso sem falar na recente parceria com a Rayban para venda de óculos de realidade aumentada. A Meta não vai se tornar uma ótica, não é vendendo óculos que eles querem ganhar dinheiro.

Bill Gates, fundador da Microsoft, a mais valiosa empresa de tecnologia do mundo, disse na sua carta anual que a maioria das reuniões virtuais mudará para o metaverso em três anos, e os profissionais vão interagir usando fones de ouvido e avatares de realidade virtual. 

A Microsoft está mesmo muito bem preparada para isso. É dona do XBox, um dos principais videogames da atualidade,   do   Minecraft,   metaverso   muito   popular   entre   adolescentes,   além   das   principais ferramentas de produtividade do trabalhador moderno: Excel, PowerPoint, Word e Windows.

Agora que finalmente entendemos que o mundo físico e digital são um só, nos convidam para um novo mundo, e prometem: esse não tem dono. Esse novo mundo se chama Metaverso. 

Qual o principal metaverso hoje?

O metaverso mais popular do mundo hoje se chama Decentraland . Antes dele os destaques já foram para o Second Life , o Fortnite e o Minecraft . Contrariando as expectativas de muita gente, ele não é acessado por óculos de realidade virtual. Ainda…

O Decentraland é o melhor prático que temos hoje sobre o que é um metaverso pós-moderno e foi o Decentraland o metaverso que decidi explorar primeiro ano passado. Desde então, meu avatar tem perambulado por lá.

Meu avatar com seu curta novo visitando o Metazoo do Decentraland

Até agora, minha experiência foi muito próxima a que eu joguei muitos dos jogos que eu passei horas jogando durante a adolescência. Mas tem uma diferença crucial, que é a possibilidade de vender meu tempo e ser remunerado com moedas do jogo, trocar moedas por R$ instantaneamente e usar para comprar arroz, feijão, cerveja, frutas, o que eu quiser no mundo físico. Essa possibilidade não existia nos jogos que eu jogava. Mais do que isso, era inimaginável.

Posso também comprar ativos do próprio Decentraland, como roupas, obras de arte, terrenos. E esses ativos podem valorizar, valorizar, podem me dar lucro ou lucro. Esses ativos são inclusivos negociados entre as pessoas que sequer habitam o metaverso do Decentraland. Pessoas que vão tentar prever o preço desses ativos e fazer suas apostas em cima disso.

Bem vindo ao Metaverso!

Qual é esse mundo que estão nos convidando a entrar? 

Já entramos em novos mundos antes: computadores, internet, redes sociais, celulares inteligentes. O “espaço digital” já existe e tem donos. Gastamos centenas de milhares de “dinheiros” pagando esse aluguel, seja com nossos dados e conteúdos, seja em publicidade. Chamar atenção no Facebook, na Amazon, no Google? Nada barato. 

Então, qual é a grande novidade agora? Qual é esse mundo que estão nos convidando a entrar? Como vou lidar com o fato de todos ao meu redor entrarem? Quais são as possibilidades desse novo mundo? Quais são os perigos desse novo mundo?

Utopias e distopias a parte, em 2021, resolvi mergulhar no Metaverso. E pelo visto, 2022 promete… Internet, redes sociais, inteligência artificial, realidade virtual, realidade aumentada, criptomoedas, blockchain e contratos inteligentes (NFTs). Tudo junto, combinado. No que isso vai dar?

Em 2022, eu aposto numa verdadeira proliferação de metaversos clamando pela sua atenção na internet. Espere e verá. 

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