As NFTs são definitivamente o assunto do momento e já fizeram o Neymar pagar mais de R$6 milhões na imagem de um macaco! Entenda o que é, porque vem causando tanta polêmica e se vai fazer sentido para você.
Por Miguel Fernandes CTO e sócio da Witseed

Estão na moda. Definitivamente as NFTs estão na moda. Recentemente, o jogador Neymar e o cantor pop Justin Bieber se tornaram notícia por terem comprado as NFTs do projeto Bored Ape Yacht Club. Gastaram uma fortuna.
Neymar comprou dois NFTs da Bored Ape Yatch Club por R$ 6 milhões
Só o projeto de NFT “Everydays: The First 5000 Days” movimentou mais de 70 milhões de dólares. A obra é uma “colagem digital” com 5000 imagens da cultura pop organizadas cronologicamente.
Arte virtual Everydays: The First 5000 Days, do artista Beeple (Foto: Reprodução/Christie's)
Costumo dizer que as NFTs fazem parte do combo de tecnologias do metaverso, aquelas que mais recebem e vão receber atenção e investimento das empresas nos próximos anos.
Já falei mais um pouco aqui no blog sobre o metaverso em um artigo especial. Nele, eu reuni os principais conceitos e definições para o tema, e ainda também o que não é o metaverso.
Mas, afinal, o que são NFTs?
A sigla “NFT” mistura a complexidade do mundo das finanças e da tecnologia numa só, e significa “non fungible token”, que no português tem sido traduzido para “token não fungível”. Por algum motivo não traduzem a palavra token, o que também não ajudaria. Qualquer palavra do lado de “não fungível” vai ser difícil de entender.
Então, pra não ficar nessa definição opaca, toda explicação sobre NFTs vem com algum tipo de analogia ou exemplo prático. As analogias são uma ótima forma de simplificar as coisas, mas ao mesmo tempo, justamente por simplificar demais, deixam de levar em consideração aspectos importantes. O problema maior é quando os exemplos e analogias são entendidos como a definição do conceito em si. Isso é algo que vem acontecendo com as NFTs.
Dito isso, selecionei uma dessas analogias para representar as melhores que li por aí.
💡Explicando NFTs…
Você é dono da cadeira cativa número 34 do estádio, e chegou o dia da final do campeonato e você vai para lá. Eis que ao chegar, encontra outra pessoa no local.
-Essa cadeira é minha. Você diz.
E a pessoa vira e fala:
– Não, é minha. E mostra um papel escrito que ela é dona da cadeira 34.
Você chama a polícia.
O intruso mostra o papel dele. Você mostra o seu. O policial precisa ligar para alguém, que consulta num banco de dados o código e as assinaturas que estão nos papéis.
E se a pessoa que atender for amiga do intruso? E se o policial for amigo do intruso? As NFTs são uma solução para esse tipo de problema.
Ao invés de registrar num banco de dados privado ou do Estado, você registra suas propriedades “na internet”, “na nuvem”, de forma transparente e descentralizada. Independente.
Um scanner de NFTs, e a decisão sobre quem expulsar do estádio seria imediata e automática, sem intermediários. Assim como registrar o NFT te dá direito ao lugar 34 do estádio, você poderia registrar carros, imóveis, documentos pessoais, bens, e até arquivos de computador (e aqui entram as obras de arte digitais). Esses são os tais itens “não fungíveis”.
Resumo da analogia: NFT é um contrato registrado na internet que te dá direito a um lugar único em uma fila.
O que você ganha por ocupar esse lugar? Isso varia de NFT para NFT. Cada projeto tem seus benefícios e vantagens.
NFTs são compradas só com criptomoedas, então são uma forma de fazer mais pessoas quererem ter bitcoin, ethereum e outras moedas digitais.
É só mais um hype?
Como tudo nos dias de hoje, criou-se um debate bastante polarizado em torno das NFTs. Acompanho de perto o assunto, e percebo que já se formaram duas bolhas: das pessoas que odeiam NFTs e das pessoas que amam NFTs.
Pessoalmente, ainda não vejo nenhum motivo para amar ou odiar a tecnologia. A primeira conclusão é óbvia: é muito mais complexo do que parece. Quando escuto alguém dizendo “NFTs são só jpgs sendo vendidos na Internet”, acho uma pena. Esse tipo de visão não estimula a curiosidade para entender as inovações em potencial da tecnologia.
NFT não é uma revolução inédita que vai te enriquecer rápido sem esforço. Também não é uma bobagem qualquer, uma futilidade sem futuro que não serve pra nada.
No cerne, as NFTs são uma forma de confiar mais na tecnologia do que no Estado, algo que, convenhamos, já vem acontecendo, não é de agora.
Será que isso é bom? De qualquer forma, ao que tudo indica, nos próximos anos, teremos mais projetos de NFTs do que nunca. Por aqui, eu vou contando como estão sendo os bastidores.
Se você se interessa muito por esse tema e quer saber ainda mais, recentemente o Miguel também gravou um episódio para o nosso podcast falando mais sobre NFTs, Metaverso e todas as buzzwords polêmicas da atualidade! Clique abaixo para ouvir:
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