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Tsunami ESG: O papel das Organizações e das lideranças em um mundo mais consciente

Tempo de leitura: 7 minutos

É caro fazer ESG, mas não fazer é muito mais: 70% dos investidores se tornaram, desde a pandemia, mais propensos a desinvestir em caso de baixo desempenho dos princípios ESG. Não deixe a sua empresa sofrer essas consequências!

Por Maria Clara Ramos

 

Para entregar as melhores soluções para nossos clientes, seja em produto ou serviço, precisamos entender de que forma essas soluções deixam um legado positivo para nossa sociedade. A experiência de consumo está sendo transformada em todo o mundo, e a sua marca não é mais só o seu produto e a qualidade de entrega, mas sim a história que você conta e de que forma os seus produtos agregam para alguém e para o mundo. 

Um relatório divulgado recentemente pela Casa Firjan, sobre tendências ESG, mostrou que para 42% dos brasileiros, o comprometimento ambiental é o fator de maior influência para as escolhas de compra. Além disso, o relatório mostrou também que para quase 80% dos executivos e líderes de sustentabilidade e investimentos, as práticas ESG são uma prioridade. 

No tsunami ESG, as empresas são cada vez mais cobradas: 

  • Por dados consistentes, comparáveis, transparentes, confiáveis e com base em ciência
  • A demonstrar como atingirão suas metas de descarbonização, por pressão do mercado e dos investidores
  • Por práticas sociais responsáveis. Já não basta só gerar emprego e renda, é preciso inserir-se de fato no contexto social brasileiro, é necessário intenção.

Mesmo sabendo de tudo isso e afirmando priorizar as práticas ambientais, sociais e de governança em suas empresas, o relatório divulgado pela Casa Firjan também mostrou que apenas 14% dos líderes consideram estes mesmos aspectos em suas tomadas de decisão! O que impede, então, as empresas de colocar os princípios ESG em prática? 

Para esse artigo, foram retirados insights do nosso curso ESG: preocupação ambiental e social como diferencial competitivo, ministrado pelo professor Roberto Rocche, Executivo de negócios multilíngue em ESG & Sustentabilidade.

 

O que são práticas ESG?

ESG é uma abreviação para os termos em inglês environmental, social and governance, e se refere à adoção de critérios ambientais, sociais e de governança. Apesar de ser um tema em alta na mesa dos executivos desde 2020, o termo surgiu em 2004, em uma publicação do Banco Mundial em parceria com o Pacto Global da ONU e instituições financeiras de 9 países, com o intuito de integrar os pilares  ESG no mercado  de capitais. Veja abaixo o que cada tema da sigla significa na prática: 

  • Environmental (Ambiental)

Esse primeiro tópico foca em como a empresa pode contribuir com a redução de impactos ambientais e como ela se preocupa com questões como aquecimento global, emissão de carbono, poluição e etc.

Segundo a Forbes, 82% dos brasileiros preferem escolher empresas que tenham práticas sustentáveis!

  • Social (Social)

O pilar social refere-se a ações sociais que contribuem para um bom ambiente de trabalho e um bom relacionamento com associados, colaboradores e clientes. 

Uma empresa com boas práticas sociais é aquela que reconhece seus colaboradores, desenvolve pessoas, oferece melhorias na qualidade de vida, equidade de oportunidades, auxílios, benefícios, educação, promove a diversidade e incentiva o trabalho voluntário.

A parte social das empresas é um dos requisitos mais importantes para se ter uma boa imagem no mercado. Crises relacionadas a esse tema podem gerar prejuízos gigantescos para as companhias e até  queda nas ações.

  • Governance (Governança):

Trata-se de como a companhia adota práticas de gestão corporativa e governança. A governança corporativa é de extrema importância para o bom funcionamento da empresa, incluindo código de conduta, compliance, diversidade,  ética e transparência  no conselho administrativo ou em outros órgãos corporativos. 

O comprometimento Ambiental, Social e de Governança de uma empresa é, cada vez mais, visto como uma medida de urgência pelo mercado, e neste movimento, o papel das lideranças é fundamental para que essas pautas ESG estejam no centro dos debates e mudanças. É a partir da alta liderança que a importância das práticas ESG serão consolidadas na cultura organizacional. 

 

É caro fazer ESG, mas não fazer é muito mais!

De forma equivocada, muitas organizações pensam que para investir em práticas ESG é preciso ser uma empresa de grande porte, porque é muito caro. Mas a verdade é que tanto para as pequenas, médias ou para as grandes corporações, não investir em ESG pode ser ainda mais caro. A sexta edição da Pesquisa Global com Investidores Institucionais da consultoria internacional EY, mostrou que 74% dos investidores se tornaram, desde a pandemia, mais propensos a desinvestir em caso de baixo desempenho dos princípios ESG.

E não são só os investidores e acionistas que estão pulando fora do barco: de acordo com a pesquisa “True Gen: a geração da verdade”, 87% dos entrevistados revelaram que já deixaram de comprar produtos de empresas envolvidas em polêmicas e que 50% da geração Z deixariam de comprar de uma empresa que consideram não ser ética. A GenZ é composta por jovens que nasceram a partir da metade dos anos 1990. Ou seja, são pessoas que já consomem produtos e serviços e que continuarão consumindo por muitos anos, movimentando a economia. Olhar para o que e como esses jovens estão consumindo produtos e serviços é indispensável para a longevidade das empresas.

O capitalismo de Stakeholders, ou, em português, de “partes interessadas”, é uma forma de capitalismo em que as empresas buscam criar valor a longo prazo, levando em consideração as necessidades de todas as partes interessadas e da sociedade em geral. Ou seja, se o caminho ditado pelo mercado financeiro, pelos consumidores, investidores e acionistas, em geral, está indo em direção ao cumprimento de práticas mais sustentáveis, éticas e inclusivas, é para lá que a sua empresa precisa estar indo também! Priorizar e cumprir a agenda ESG não é mais uma opção. 

 

ESG no Brasil

Apesar de uma tendência cada vez mais presente no mundo corporativo, o Brasil ainda está em um grau de maturidade muito baixo. De acordo com uma pesquisa feita(PwC), apesar de 75% dos gestores afirmarem que empresas devem adotar práticas ESG, 49% deles disseram que não aceitariam nenhuma redução percentual no retorno de seus investimentos, e 19% aceitariam a redução na rentabilidade de 1% ou mais.

Ou seja, por mais que as empresas entendam a importância do ESG, ainda possuem certo receio em relação aos seus lucros diminuírem.

Vale ressaltar que a busca por empresas mais sustentáveis  é a busca por um mundo sustentável. 

 

Case Whirlpool

A busca por produtos inovadores e que causam menor impacto ambiental é uma preocupação de boa parte dos consumidores, portanto, as empresas que estão atentas a essas mudanças, tendem a ser mais atrativas ao desenvolver produtos mais sustentáveis e eficientes. 

Atenta a esse cenário, a dona das marcas Brastemp e Consul, realizou um estudo que revela que os consumidores investem em eletrodomésticos que usam menos energia (40%), deixam a menor pegada de carbono possível (35%), tragam economia de dinheiro (32%) ou tempo (26%).

A pesquisa foi realizada com 19 mil pessoas em 10 países, e também mostra uma preocupação maior por parte dos brasileiros com as questões de ESG, sendo que 30% estão atentos às mudanças climáticas e 21% à desigualdade social. 

Em 2022 companhia converteu 100% o uso de energia limpa, como eólica, solar e hidrelétrica, em suas unidades no Brasil e recebeu o reconhecimento do International Renewable Energy Certification Standard (I-REC), plataforma internacional que possibilita a transação de certificados de energia renovável. “Para este ano, deixaremos de emitir 6,5 mil de toneladas de CO2, uma redução de 31% em relação ao ano anterior”, afirma Bernardo Gallina, Vice-Presidente de Assuntos Jurídicos, de Compliance e Corporativos da Whirlpool para América Latina. A redução equivale ao plantio de mais de 40 mil árvores. 

“A utilização de 100% de  energia limpa custa, em média, 10% a mais do que a gente paga hoje no mercado. Essa iniciativa está associada aos nossos valores e baseada em cálculos de longo prazo.” disse Douglas Reis,  diretor de ESG da Whirlpool.

Douglas acredita que a cultura e a educação são ainda grandes impeditivos para que outras empresas adotem práticas como essa no Brasil e conta que o grupo tem um programa de treinamento focado em aprimorar e sustentar a cultura e integridade desses valores inegociáveis para a companhia.

Esse case de sucesso ESG se tornou pauta de um episódio do nosso podcast! Convidamos o Douglas Reis, Diretor de Assuntos Regulatórios & ESG da Whirlpool, para contar os detalhes desse case, como fontes de energias renováveis e seus custos a curto e longo prazo, impacto com investidores e consumidores, além de ações de diversidade e governança que também compõem os pilares ESG da empresa. Ouça agora mesmo o episódio e saiba mais!

 

Como a Witseed pode ajudar a sua empresa na jornada ESG 

Por mais que a agenda ESG já faça parte das discussões dos executivos, a prática, no entanto, não é tão facilitada, e o risco de ideias e discussões não se tornarem ações é muito alto. Atentas à essa necessidade, as empresas perceberam que é mais estratégico e mais econômico fazer parcerias com startups que solucionem esse problema, do que desenvolver soluções internamente. 

É diante desse cenário que as startups que oferecem metodologia para acelerar processos e tecnologia para escalar soluções, tendem a ser protagonistas e se destacam na implementação de práticas ESG em diferentes negócios – são as chamadas ESG Enablers.

A Forbes Brasil listou 7 startups aliadas na implementação de práticas ESG no ecossistema brasileiro, são elas: Moss, Trashin, Inventiv.me, Witseed, Gofriendly, DataRisk e Neoway. Diante dos critérios ambientais, sociais e de governança, essas empresas oferecem soluções leves, baratas e atuam diretamente na gestão de projetos de impacto, assim como em questões éticas e de transparência.

Ser a única Edutech listada pela Forbes Brasil é uma honra e ajudar outras empresas a se desenvolverem por meio da educação é transformador.  A Educação contínua ajuda empresas a desenvolver em seus profissionais, as habilidades necessárias para atingir os melhores resultados, contribuindo para que as companhias se tornem cada vez mais competitivas. Essa é uma das razões que impulsionam os investimentos em Educação Corporativa

A educação também impulsiona práticas sociais no universo corporativo, oferecendo equidade de oportunidades, refletindo sobre lideranças responsáveis, priorizando o bem-estar e pensando na experiência dos colaboradores. Com propósito e engajamento no Social por meio da educação, a Witseed acelera o desenvolvimento de práticas ESG nas maiores empresas do Brasil e em larga escala.

Nós combinamos conhecimentoentretenimento, cultura digitaldesenvolvimento contínuo, revolucionando a experiência da Educação Corporativa. Nossos cursos são ministrados por experts com técnicas de Storytelling e Microlearning, atingindo maior engajamento e melhores resultados. 

Além disso, a nossa plataforma utiliza as mais avançadas tecnologias de  Inteligência Artificial para personalizar e potencializar a experiência de aprendizagem e analytics para que os gestores acompanhem todo o progresso das suas equipes.

Saiba como nossas soluções podem ajudar a sua empresa nessa jornada ESG!

Conheça a Witseed

 

Tendências ESG para os próximos anos

O Dossiê disponibilizado pela Casa Firjan, e mencionado aqui no artigo, também apontou 6 tendências ESG que serão priorizadas nos próximos anos, veja abaixo a lista:

A Agenda ESG vem lembrar às empresas que elas são fundamentais na construção de um mundo melhor, mais justo e mais sustentável. Grandes transformações começam por mudanças de hábitos que impactam a cultura organizacional, e todos são agentes importantes nesse processo: da alta liderança aos colaboradores em geral. 

Veja abaixo um spoiler do nosso curso ESG: preocupação ambiental e social como diferencial competitivo, ministrado pelo professor Roberto Rocche, Executivo de negócios multilíngue em ESG & Sustentabilidade.

Neste curso, você também vai aprender:

  • Aspectos de governança, ambientais e sociais
  • Ferramentas para implementar uma cultura de práticas ESG na sua empresa
  • Desafios no cenário ESG
  • Muito mais! 

Experimente a Witseed e saiba como podemos ajudar a sua empresa na jornada ESG!

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