O crescimento de plataformas de streaming como Netflix e Disney+ estão alterando a nossa lógica de consumo de conteúdos e essa mudança já influencia o mercado de educação.
Por Bruno Leonardo, CEO e Fundador da Witseed
O entretenimento na era digital está impactando diretamente a formatação do ensino, em especial na educação profissional. A indústria do entretenimento, cada vez mais inovadora e atraente, com a oferta de streamings e a irresistível flexibilidade na escolha do quê e quando assistir, mudou hábitos consolidados, como a velha maneira de assistir passivamente à programação das emissoras de TV, quem dirá a forma que nos concentramos para estudar.
Essas novidades comportamentais já fazem surgir um novo padrão de consumo, uma ação disruptiva na capacidade de escolher, reter informações e interpretar conteúdos didáticos transmitidos por meios audiovisuais. Para entender melhor essa relação é preciso mergulhar na profusão de vídeos e conteúdos audiovisuais disponíveis e cada vez maiores e melhores no mundo.
Novos hábitos e novas plataformas impactam no consumo
Em especial no Brasil, os serviços de streaming (Netflix, Prime Video, HBO Max, Disney+, YouTube) cresceram 27% na faixa de horário (das 7h da manhã até à meia-noite), de acordo com o PNT (Painel Nacional de Televisão). Os números divulgados pelo site Notícias da TV mostram o ibope das 15 maiores regiões metropolitanas do país e indicam, na comparação de janeiro a novembro de 2020 com esse mesmo período no último ano: o salto foi de audiência de 5,9 para 7,5 pontos.
Somamos a isso, em 2021, mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo recorreram ao aplicativo de microvídeos Tik Tok para se divertir, dançar, aprender coisas novas, cozinhar, entre outras atividades. Estas realidades, traduzidas em números expressivos, mostram como os métodos de usabilidade (UX) e engajamento profissional não são mero luxo ou técnicas de marketing. Especialmente na educação corporativa moderna, é uma ferramenta fundamental para garantir aos líderes e gestores o desenvolvimento desejado para seus colaboradores.
As produções, edições, aplicativos e redes sociais disponíveis tornam a disputa pela atenção e o engajamento das pessoas nas plataformas de ensino um verdadeiro ato de heroísmo. Atualmente é impossível desenvolver soluções educativas sem compreender como o novo hábito de consumir vídeos em todas as plataformas possíveis impactam o foco, a atração e a retenção da atenção das pessoas.
Como a Witseed se inspirou nas maiores plataformas de streaming para revolucionar a experiência da aprendizagem
A Witseed tem como propósito implementar a cultura de aprendizagem contínua ao longo da vida dentro das organizações e percebemos que para isso, é preciso proporcionar uma experiência de excelência em cada etapa dessa jornada. A partir dessa percepção, criamos dois grandes diferenciais:
- Produção própria de conteúdo, focada em cursos de grande relevância para o mercado e qualidade de cinema
- Plataforma própria, com investimento em UX Design para garantir a melhor experiência em navegação
Os cursos da Witseed são divididos em módulos de curta duração, com linguagem e metodologia 100% digitais, produzidos a partir da curadoria de um conselho de Educação, com a participação de executivos com destacada atuação no mercado. A produção é assinada por uma equipe de cinema que usa efeitos e técnicas de storytelling para engajar e reter os alunos.
Percebendo esse grande impacto das plataformas de streaming na forma como consumimos conteúdo e entretenimento, redesenhamos toda a nossa plataforma e criamos um novo conceito de aprendizagem digital que batizamos de Learning Streaming Platform..
Veja abaixo o vídeo de lançamento da nossa nova plataforma
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Por que batizamos a Witseed de LSP (Learning Streaming Platform)
Hoje temos no mercado dois principais modelos de aprendizagem digital, o LMS e o LXP, inclusive já publicamos um artigo que analisa detalhadamente as vantagens e desvantagens de adotar esses sistemas dentro das empresas.
A sigla LXP, traduzida do inglês, significa Plataforma de Experiência de Aprendizagem, como o nome já diz, o foco está na experiência. Tanto a LXP (Learning Experience Platform) quanto o LMS (Learning Management System) são considerados Ambientes Virtuais de Ensino, que hospedam conteúdos, oferecem flexibilidade e métricas. Porém é um grande equívoco afirmar que o LXP é apenas uma versão mais moderna do LMS, pois existem diferenças fundamentais.
Nós não temos as mesmas funções de uma plataforma LMS e nem exatamente seguimos um padrão LXP, acreditamos que reunimos o que há de melhor e essencial em cada um e ainda somamos a isso o objetivo de facilitar a descoberta de novos conteúdos de maneira intuitiva e personalizada, assim como fazem as plataformas de streaming de grande sucesso.
Como competir com as facilidades do streaming?
Usando seu conceito! Assim como as vacinas lançam mão de parte do vírus para ofertar a solução, a revolução na educação corporativa é conseguir acompanhar esse novo padrão de qualidade, apostar em um UX fantástico, com personalização da experiência dos usuários, navegação fácil e obviamente, entender a incidência de todos os dados, realizando análises com inteligência artificial.
Apostar nessas plataformas é um meio de facilitar o consumo de conteúdos e embarcar em uma tendência recém-inaugurada na maneira de absorver conhecimento, a qual venho chamando de Learning Streaming Platform ou LSP. Um novo patamar, capaz de evoluir conceitos fortes, mas antiquados, da educação corporativa, assim como as primeiras maneiras de transmitir conhecimento durante a Grécia Antiga e na África subsaariana.
Estes modelos de ensino e transmissão da educação viveram momentos de expansão, estabilização e declínio. Seja por necessidade, mudanças culturais ou adaptações pertinentes, até os métodos mais inovadores encontram seu destino em algum momento. Com as marcas profundas da pandemia, me parece ser o caso do Learning Management System ou LMS como é conhecido este tradicional formato de ensino profissional.
Uma das primeiras grandes ferramentas de educação digital, esse sistema revolucionou a capacidade de entregar conteúdo de forma escalável, de gerenciar iniciativas de desenvolvimento e ainda é o que muitos líderes e gestores buscam quando pensam em uma plataforma de Treinamento & Desenvolvimento. Contudo, já existem ingredientes geracionais que estão colocando esse reinado em cheque.
Apesar do LMS trazer grandes vantagens para desafios de aprendizagem que exigem flexibilidade, controle de acesso, métricas e certificações específicas, ele não acompanhou a velocidade de transformação do mercado nos últimos anos, que exige uma alta capacidade de reinvenção. Mais do que as inovações, também é preciso ter disposição para ouvir o que os usuários têm a dizer, analisar indicadores e investir em UX Design para redesenhar uma nova jornada de sucesso.
A experiência durante o processo de aprendizagem muda tudo e até mesmo por ser muito utilizado no mercado, com 70% das empresas dos EUA usando tecnologias com a base LMS, esse formato precisará estar mais atento aos seus usuários para suprir as necessidades dos colaboradores da atualidade. Após a massificação digital acelerada da aprendizagem, diversas funcionalidades do LMS já se tornaram obsoletas e a perspectiva futura é alarmante.
É preciso atrair para engajar
Uma pesquisa realizada pelo LinkedIn Learning, ainda em 2019, já indicava como a força de trabalho no mundo era predominantemente ocupada pela geração Y e também mostrava que a Geração Z terá mais destaque daqui para frente. Esses novos profissionais, que vão predominar o mercado em breve, preferem uma aprendizagem mais independente e autodirigida do que os programas de T & D tendem a oferecer.
Ainda sobre o estudo, apenas 20% dos líderes de T & D e RH relataram o oferecimento desse nível de autodireção aos alunos. O relatório, na época, também apontou que desenvolvedores de talentos acreditam que preencher as lacunas de habilidades é a melhor maneira de demonstrar o valor dos programas de aprendizagem. Então, o que todos nós queremos são soluções de aprendizagem que desenvolvam e engajem os alunos e ao mesmo tempo gerem resultados para o negócio.
Também é inegável o quanto as plataformas estão evoluindo para oferecer conteúdos mais atraentes e experiências mais completas e personalizadas, como as plataformas Learning Experience Platform (LXP). Dados da Instancy, mostram que o valor dessa indústria tem um crescimento estimado em US $ 200 milhões ano a ano. Ainda assim, é fundamental dizer que não se trata de escolher entre uma ou outra.
Com produção e curadoria própria de conteúdo, as empresas podem e devem não mais se limitar às siglas. O ideal é reunir o que há de melhor e essencial em cada um. Por isso, para a formatação da plataforma educacional, sou favorável a pôr em prática a teoria “Job to be done” ou, em português, “Trabalho a ser feito”, de Clayton Christensen, professor de Administração na Harvard Business School.
Essa visão, utilizada por diversas empresas, promove uma mudança de perspectiva, na qual o interesse não é medido a partir do que o usuário quer consumir, mas sim do que ele quer resolver. Essa perspectiva conecta o valor que o produto tem ou entrega ao cliente. Está entre as práticas mais modernas da atualidade, em que os profissionais não precisam mais esperar um longo tempo para exercer ou implementar alguma habilidade.
Hoje, com as mais avançadas metodologias de ensino corporativo, os profissionais podem ter capacitações mais rápidas, conseguindo evoluir as suas competências. Então, além de atender a lógica no mundo atual, com a mudança muito rápida de competências e habilidades exigidas no mercado, cria-se um maior engajamento, que as jovens gerações conseguem ter conquistas a mais curto prazo e com isso se manter mais engajada no estudo.
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