Cultura de Aprendizagem Futuro da Educação

4 passos para o Brasil combater os anticorpos da Educação

Tempo de leitura: 6 minutos

Peter Diamandis descreveu brilhantemente em 6 etapas como setores sofrem uma mudança Exponencial, como aconteceu recentemente no mercado da música, por exemplo. Fazendo um paralelo da teoria com a Educação, podemos dizer que finalmente começamos a sair do Vale da Decepção. 

Por Bruno Leonardo
CEO da Witseed

Nas próximas décadas, o ano de 2020 vai ser visto como um ponto de virada na forma como consumimos e valorizamos a Educação. Foi preciso ficarmos impossibilitados de estudar pelo método tradicional, para romper barreiras tecnológicas e preconceitos com a digitalização da cultura de aprendizagem. Mas essa é uma história que se repete há séculos. É da natureza do ser humano temer e resistir à mudança, nossos anticorpos da inovação ainda são muito fortes e por isso Peter Diamandis, presidente executivo da Singularity University, resolveu estudá-los e categorizá-los, no que chamou de 6Ds da Tecnologia Exponencial. Neste artigo, vamos apresentar essas 6 etapas da inovação, traçando um paralelo entre a digitalização da indústria da música e da educação no Brasil.

1. Digitalização

O primeiro passo para se tornar exponencial é a digitalização. Só quem viveu a era dos LPs e toca-fitas, sabe o verdadeiro valor de uma playlist no Spotify! É ou não é? Mas foi um longo caminho até aqui. Quem lembra, na década de 90, como foi a primeira vez em que ouvimos falar em música digital, baixar música e gravar CD com a própria playlist? Certamente a resposta sobre a sua primeira experiência descreve a etapa 2 do processo.

2. Decepção

É daqui que vêm os nossos anticorpos da inovação, o motivo pelo qual a maioria das pessoas não consegue enxergar a “disrupção” que está para acontecer! Após o período da digitalização, vem o da decepção e essa decepção tem diversas origens: a primeira versão digital costuma oferecer uma experiência muito diferente do que estamos acostumados e ficamos resistentes, a inovação também costuma chegar no mercado com custos altos, serviços a desejar e promessas de longo prazo. Aqui com a música foi assim, basicamente um mercado caro, que gerou pirataria, informalidade, músicas com propaganda ou vírus.

A Educação Digital está saindo do “Vale da Decepção”

Começamos essa etapa com os nossos anticorpos falando assim: educação digital não funciona, o conteúdo é ruim, ninguém vai valorizar esse diploma, não tenho disciplina para aprender a distância, não confio nesse método… Qualquer semelhança com pagamento on-line não é mera coincidência. 

E sim, ela começou muito ruim, com publicações de PDFs, animações de slides e depois com filmagem de palestras e aulas presenciais. Não adianta filmar uma aula de 60 minutos e quebrar em 6 vídeos de 10 minutos, dizendo que isto é microlearning. Permitindo mais um paralelo, seria como filmar uma peça de teatro e falar que está fazendo cinema.  Cada conteúdo deve ser pensado para o canal que ele será entregue. Mas com o tempo a tecnologia começa a evoluir, as pessoas começam a testar, adaptar, transformar e oferecer uma boa experiência. Aí vem um momento disruptivo no mercado que muda tudo.

3. “Disrupção”

A segunda vez que a Apple revolucionou o mundo não foi com o lançamento do iPhone (2007) e sim com o lançamento do iPod (2001), que pode ser considerado também o D3 da Música Digital. O iPod transformou o mercado de MP3 players ao oferecer espaço para milhares de músicas em um pequeno dispositivo. A música digital começou a dar lugar à música on-line e ilimitada, que a gente conhece hoje. 

Educação Digital: a necessidade destruiu preconceitos e acelerou resultados

Pela história da Revolução Musical, pudemos observar como leva tempo para uma tecnologia romper um mercado e ser aceita em uma cultura, tudo tem um tempo de maturação.  Na Educação, começamos a entrar em novas tecnologias e disrruptar o mercado on-line agora, além da pandemia que acelerou esse processo em pelo menos 5 anos.

Hoje já existem empresas, como a Witseed, que se propõem a produzir uma experiência digital muito mais atraente e engajadora, não só usando tecnologias exponenciais, como a Inteligência Artificial, mas também com método de produção próprio e coerente para cada canal de aprendizado.  

Ou seja, na Educação Digital, já é possível aprender com vídeos e conteúdo de alta qualidade, de curta duração e com recursos tecnológicos que facilitam a compreensão. Essas e outras diversas tecnologias, como a realidade virtual, estão tornando a experiência da educação digital muito mais eficaz e atraente. De fato, estamos saindo do “Vale da Decepção” e caminhando para o 4D. 

4. Desmonetização

Voltando ao exemplo do mercado da música, já nem cabe mais falar do extinto iPod, mas sim do impacto que ele trouxe. Ele mudou a forma de monetizar artistas, de como as pessoas consomem música, até os lançamentos de álbuns passaram a ser feitos em e para plataformas digitais. Mas com o processo de digitalização, em vez de comprar um álbum, passamos a pagar por música, baixar quantas quiser, ainda que com custo alto no início. Então, o impacto mudou toda a cadeia de produção, consumo, negociação e monetização – mudou o mundo da música. 

5. Desmaterialização

O que era visto com desprezo agora é visto como uma ameaça, pois a indústria não para de se desenvolver.  Trocamos os LPs e vitrolas, fitas e walkmans por CDs, rádios e Discmans, em seguida por MP3 players e agora não precisamos de NENHUM aparelho específico de música para ouvir as nossas playlists, basta ter um celular e uma assinatura de streaming, como Spotify, Deezer, Apple Music etc. 

O processo será parecido em um futuro não muito distante com a Educação Digital. Na Educação Corporativa, por exemplo, antes da pandemia a maior parte dos investimentos das empresas ainda era destinada ao treinamento presencial, que demanda uma série atributos, tempo e custos, esse cenário mudou completamente e nunca mais será igual.

6. Democratização

A internet populariza e democratiza o acesso em larga escala, o serviço além de muito mais simples, vantajoso e atrativo, agora é bem mais barato, com muito mais recursos e qualidade. É possível até ter acesso gratuito, com limitações e anúncios, no Spotify e no Youtube, por exemplo. 

Ao analisar o mercado da música e a régua de Peter Diamandis, podemos fazer projeções para o futuro da Educação. Já temos uma excelente experiência de Educação Digital e por isso estamos saindo do Vale da Decepção, mas ainda estamos longe de chegar ao último D, que é a democratização, ainda mais porque o tema Educação é muito mais complexo e envolve também a educação básica, educação pública, em um país em que nem o acesso a internet é democrático. 

Mas o fato é que o caminho da tecnologia exponencial é sem volta. Quem não estiver conectado a isso, de fato, talvez fique ali preso naquele “Vale da Decepção” ou em desvantagem competitiva por não entender como diversos setores da economia estão sendo transformados. Uma pesquisa feita pela FOSWAY deixou claro que as maiores intenções de investimentos das empresas são em treinamentos de vídeo e microlearning. Mas a mesma pesquisa também aponta que a maior insatisfação do setor é com o microlearning. Ou seja, só reafirmou a tese de que estamos saindo do Vale da Decepção, já que enxergamos o valor e a eficácia do método, mas ainda encontramos poucas empresas oferecendo o recurso com qualidade.

O Futuro da Educação é Híbrido

Claro que a educação do futuro não vai ser 100% digital, mas também, certamente não será quase que absolutamente presencial. As pessoas que estão vivenciando experiências positivas, economizando tempo e custo de deslocamento, tendo flexibilidade de horário, independência de aprendizado, acesso a cursos que não teriam oportunidades e se adaptando a esse método, dificilmente vão querer abrir mão dessas vantagens. O digital vem com muito mais força, inclusive, potencializando a própria experiência do presencial.

Futuro da Educação e Futuro do Trabalho

O futuro da educação e o futuro do trabalho estão totalmente conectados, pois é a nossa capacidade de aprender e se reinventar que nos prepara para qualquer desafio. O aprendizado deve ser contínuo ao logo da vida, seja qual for o método, as pessoas, os líderes e as empresas precisam ter esse mindset. Mas não adianta falar de lifelong learning sem apoio da tecnologia, pois é ela que vai nos dar a escala e a agilidade para entregarmos conteúdos de acordo com a velocidade dos desafios que o mercado vai nos apresentando.

Acaba sendo a união perfeita: a empresa querendo proporcionar um boa experiência de aprendizado para seus colaboradores, que ao mesmo tempo podem se desenvolver de uma forma muito mais atraente e engajadora, tendo o poder de ganhar as habilidades necessárias para vencer no futuro.

E vale o alerta a todos os líderes de Educação Corporativa e RH, que se estende também a diretores, CEOs e todos os tomadores de decisões: as empresas que não tiverem a cultura do aprendizado contínuo estão programando a própria obsolescência. 

Como são feitos os cursos de Educação Corporativa da Witseed?

Cultura Digital:  microlearning é um método próprio para o aprendizado on-line. Diferente das aulas presenciais filmadas, que citamos anteriormente, os cursos são divididos em módulos de até 10 minutos, planejados para ter início, meio e fim, ou seja: a pessoa pode consumir só aquele vídeo no dia, que vai ter uma pílula de aprendizado completa.

Cinema: usamos uma equipe de cinema para produzir conteúdo, que garante um roteiro dinâmico e atrativo, junto com os professores, além da alta qualidade dos vídeos.  

Tecnologia:  usamos a inteligência artificial para mapear os interesses e necessidades de cada aluno e oferecer trilhas de aprendizados personalizadas. Nosso aplicativo também permite o aprendizado digital off-line. 


Experts:  convidamos profissionais de grandes empresas, experientes e reconhecidos nas suas áreas para cada tema de nossos cursos.

Confira um teaser do nosso curso sobre Lei Geral de Proteção de Dados, com o Marcos Sêmola – sócio da Ernst&Young

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